quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Transe

Não era um sorriso espontâneo, mas também não era falsificado. Talvez fosse apenas o resultado de uma conversa vazia, de futilidades com estranhos, força do hábito. Me esforcei para lembrar da última vez que sorri de verdade, de felicidade. Nada. O vácuo em minha mente me atordoava cada dia mais e eu só conseguia pensar no que tinha deixado, no que não poderia mais viver. Dias, semanas, meses. Quantas pessoas teriam passado por mim e tentado chamar minha atenção? Quantas vezes recusei convites que, em outras ocasiões, não hesitaria em aceitar de imediato? Por quanto tempo estava em transe? Olhando ao redor não conseguia achar um apoio, alguém que ainda estivesse por perto. Estive fora por muito tempo e agora não seria fácil recuperar o tempo perdido. Recuperar? Não, não se recupera algo que se perdeu sem ao menos lutar. Talvez eu ainda consiga voltar a ser a boa e velha Mayara. Ou talvez eu apenas volte ao transe infinito e me esqueça de viver a vida como ela merece ser vivida. Está tudo em minhas mãos, é hora de fazer a escolha certa.

5 comentários:

  1. Lembra o filme Click? Quando ele entra no piloto automático?
    Não importa a escolha que você faça, espero que te faça bem... =)

    BTW... Parabéns, nova tudo-de-bloguete! \o/

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  2. A gente pode até fazer a escolha errada, o problema será se um dia não tivermos vontade de escolher nada.

    >> TDB da Capricho 2009.. tbm sou novataa *--*

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  3. Hum... Adorei o blog!
    Que faça a melhor escolha.

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  4. não sei por que, talvez não tenha nenhuma semelhança, mas juro que me lembrei da clarice lispector ao ler seu fragmento de texto.
    eu adoro estar em transe, fico mais intensa :)
    parabéns por entrar no TDB.
    espero que possamos conversar muito ainda :D

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  5. To meio em transe, mas não chega a tanto. No Invero é que eu quero ver, sempre fico depre (rimou)

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