quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Alô?


Insistia em me olhar, a ingrata! Como se eu pudesse ajudá-la. Como se eu, no meu poder de objeto, fosse capaz de fazer com que ele se lembrasse, ele quisesse. E todos já sabiam que ele não queria. E mesmo assim ela não deixava de fitar-me. Comecei a sentir dó. Pouco a pouco seu sorriso ansioso murchou, seu rosto ficou pálido e depois vermelho, um vermelho choro, vermelho dor. Uma hora, um dia, uma semana. Por que ela ainda espera? Por que não podia simplesmente levantar-se e tomar um rumo, tomar um sol, tomar um porre? Mas não, em vez disso insistia em me olhar, a ingrata!

P.S.: sim, eu sumi. O TDB acabou, assim como minha criatividade e a vontade de postar. Mas aí essa semana alguma coisa me fez sentir vontade de escrever, não sei bem o que.

2 comentários:

  1. tem coisas que parecem dificeís de se abandonar e que mesmo o tempo passando parece que não seremos 'curados' mas isso é só impressão :)

    beijos

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  2. Sabe, hoje mesmo me peguei pensando isso, em relação a mim... Por que eu ainda espero? Não que não saia tomar um sol, tomar um porre... Mas o rumo parece sempre me puxar para o que não consigo me desvencilhar, ainda que eu saiba que o caminho por esse lado nem se quer existe. Coisas da natureza humana, não é?! Lutemos para muda-las.
    Adorei o blog, menina. :)

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