Éramos sete

Éramos sete. E eu gostava de cada uma de uma forma diferente. Sete e eu sabia que podia contar com todas. Sete e meus segredos. Sete e risadas. Éramos sete. Até que os dias se tornaram mais longos, as conversas engraçadas nunca chegavam. Cada uma foi para um lado, cada uma levou alguém consigo. E eu fiquei esperando. Esperei alguém me perguntar como eu estava, dizer que sentia falta de antes. E eu continuo esperando. Espero que alguém sinta vontade de me ter por perto, espero que todas as brincadeiras que ainda fazem umas com as outras me incluam um pouquinho sequer. Eu poderia ir atrás, poderia lutar para que todas permanecessem unidas. Mas elas ainda estão e, de alguma forma, sem mim. E agora? Agora eu preciso parar de esperar, preciso valorizar as poucas que me restam (separadamente).